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http://hdl.handle.net/20.500.11796/1209
Título: | 2.3 No laboratório, preparando magia para a hora do conto |
Autor: | Quinta e Costa, Margarida |
Palavras-chave: | Animação da leitura Literatura infantil |
Data: | 2012 |
Resumo: | Com este trabalho, queremos salientar a importância da “hora do conto” no desenvolvimento global da criança e do jovem propondo uma prática de animação da leitura. Ao contar histórias, criam-se condições para que quem ouve amplie o seu mundo simbólico e desenvolva a consciência das suas emoções. Além disso, a animação da leitura é uma atividade que contribui para a melhor compreensão de um texto, desenvolvendo o espírito crítico e permitindo contrapor as expectativas e interesses com as vivências que favorecem a compreensão da realidade. Assim, o animador deve ser um facilitador do processo de aprendizagem que medeia a relação da criança com o livro como que o orientando nos primeiros passos, para que, posteriormente, ele caminhe sozinho. Numa visão globalizada do conhecimento, não é possível separar as áreas do saber, isolando as Ciências Físicas e Naturais. Os contos, para além de poderem ter como personagens alguns animais, de algum modo referem situações ou acontecimentos que têm uma explicação de base científica. Por isso, propomos uma dinâmica na ação pedagógica criando vivências que concretizam o imaginário, despertando assim a curiosidade para a compreensão de alguns fenómenos científicos.
Desenvolvemos este projeto em dois momentos: com cinco educadoras/animadoras e com um grupo de treze crianças do 1º e 2º Ciclos do Ensino Básico. Propusemos a realização individual ou em pares de uma experiência da área das ciências físicas e naturais: nela, os intervenientes prepararam materiais, criando, por exemplo, uma personagem, sendo definidos alguns parâmetros científicos comuns a todos, mas deixando os adereços à escolha de cada um. Num momento específico da leitura do conto, foram convidados a realizar alguns procedimentos que permitiram um maior envolvimento na história. No início, as educadoras/animadoras, embora nunca tivessem participado nesta técnica de animação, viam a magia como algo indefinido: “fazer acontecer”, “permitir sonhar”. Algumas crianças não sabiam o que significava e outras achavam que o imaginar é que era mágico. Todos os intervenientes gostaram de realizar as experiências na hora do conto porque descobriram que era mesmo magia, pois “o maravilhoso concretiza-se” e “a realidade e o imaginário complementam-se”. No final, os participantes questionaram-se sobre a base científica da experiência realizada. Pensando em conjunto e relacionando a informação fornecida, compreenderam as reações ocorridas. Ao aliarmos o caráter lúdico da experiência ao didático, pensamos que a hora do conto pode incentivar não só o gosto pela leitura como a compreensão da realidade. Deste modo, pretendemos contribuir para o desenvolvimento da literacia de leitura e da literacia científica. This project pretends to show how important is storytelling as a practice of reading in the overall development of children and youth. By telling stories, you can create conditions to those who are listening to broaden their symbolic world and to develop awareness of their emotions. Also, the storytelling is an activity that contributes to a better understanding of a text, developing critical thinking and allowing the confrontation of interests and expectations with life experiences that foster an understanding of reality. Thus, the animator must be a facilitator of the learning process that mediates the relationship between the child and the book, guiding its first steps, so that later the child can walk alone. With a globalized vision of knowledge, you can’t isolate disciplines as the physical and natural sciences, because the tales somehow relate situations or events that have a scientific explanation, besides the fact that they may have also some animals as characters. Therefore, we propose a model to create laboratorial experiences that explain the imaginary moments, by arousing curiosity for the understanding of some scientific phenomena. We developed this project in two phases: first, with five teachers/animators and then with a group of thirteen children from the 1st and 2nd degree of basic education. We proposed them to perform an experience in the area of natural sciences individually or in pairs. They prepared the materials, creating, for example, a character with some scientific parameters common to all, but leaving to each one the choice of the props. At a specific moment of the tale, they were asked to perform some procedures that allowed their participation in the story. In the beginning, the teachers/animators, although they had never participated in this kind of animation, thought that magic should be something indefinite: “make it happen”, “enable dreaming”. Some children didn’t know what it meant and others thought that magic was what they imagine. All players enjoyed the experience performed at the time of the story because they found that it was really magic, as “the wonderful happens” and “reality and imagination are complementary”. At the end, participants were questioned about the scientific basis of the experience performed. By thinking and relating the information supplied they understood the reactions that occurred. Combining the playful character of the educational experiences, we think that the storytelling can not only foster the pleasure of reading but also promote the understanding of reality. Accordingly, we intend to contribute to the development of scientific and reading literacy. |
Descrição: | Capítulo 2 "Práticas de Leitura em contexto de Educação de Infância e do 1º CEB" do livro: Ler em família, ler na escola, ler na biblioteca: boas práticas |
URI: | http://hdl.handle.net/20.500.11796/1209 |
Aparece nas colecções: | Ler em família, ler na escola, ler na biblioteca: boas práticas |
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